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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Governo da Líbia diz que Kadhafi continua no país,e vai disputar sua liderança até uma bala.

POSSÍVEL GUERRA CIVIL NA LIBIA

Atualizado às 19h20

O vice-chanceler líbio, Jaled Kaim, disse nesta segunda-feira na TV que o coronel Muammar Kadhafi continua no país, desmentindo boatos de que o líder teria fugido para o exterior, em meio aos fortes protestos de rua que tomam o país africano nos últimos dias. "O líder está na Líbia, assim como todas as autoridades do governo", disse o vice-ministro.

A TV Al Arabiya informou que Kadhafi iria fazer um pronunciamento em breve nesta noite, mas não deu detalhes.

Mais cedo, o ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague, havia afirmado ter obtido informações que indicavam que Kadhafi viajou para a Venezuela. Mas os governos líbio e venezuelano negaram a informação.

A Líbia enfrenta uma onda de protestos de rua em várias cidades contra o coronel, no poder desde 1969, e a repressão aos manifestantes já teria matado centenas de pessoas, segundo grupos de defesa dos direitos humanos. As informações oficiais são poucas e evasivas.

Os protestos chegaram nesta segunda à capital, Trípoli, onde há relato de ataques aéreos e de mercenários armados a manifestantes nas ruas.

Testemunhas relatam um "massacre", com muitas mulheres entre os mortos. Há relatos de rajadas esporádicas de tiros.

Saif al Islam, filho de Kadhaffi, alegou que as forças armadas bombardearam depósitos de armas, longe de zonas urbanas, segundo a TV local.

O espaço aéreo sobre Trípoli está fechado até nova ordem, informou nesta segunda à noite à France Presse um porta-voz do exército austríaco, que tentava evacuar os cidadãos europeus para Malta a bordo de um avião militar.

Também nesta segunda, a missão da Líbia na ONU anunciou o rompimento com o regime e apoio aos manifestantes, engrossando uma lista de deserções que inclui diplomatas, militares, líderes tribais e líderes religiosos.

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