Atualizado às 18 horas
O professor de matemática acusado de apologia ao crime declarou à polícia nesta tarde, em depoimento na Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes (Dise) de Santos, que seu objetivo ao aplicar avaliações versando sobre tráfico de drogas, homicídio e prostituição, era o de avaliar o nível de aprendizado dos alunos e debater sobre os temas abordados, no caso, as atividades ilícitas, cuja conclusão seria a de que o crime não compensa. A informação é do advogado do docente, Thiago Serralva Huber.
Identificado como Lívio, o professor, que trabalha na Escola Estadual João Octávio dos Santos, no Morro do São Bento, em Santos, deu início à uma polêmica ao apresentar aos alunos questões que abordam tráfico e uso de drogas, receptação de carros roubados, homicídio qualificado mediante pagamento, porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e prostituição.
A mãe de uma aluna do 1º ano do Ensino Médio levou o caso à polícia, que iniciou as investigações sobre o caso. O docente foi afastado de suas funções e a diretora da unidade, Maria Madalena Serralva, prestou esclarecimentos na última segunda-feira.
Na tarde desta quarta-feira, Lívio apresentou-se à Dise acompanhado do advogado e de um filho. Ao chegar, tentou esconder o rosto usando uma jaqueta e um boné. Sua apresentação à delegacia estava sendo aguardada havia cinco dias, data em que a diretora recebeu a intimação para depor.
O depoimento durou cerca de uma hora e 15 minutos. Em seguida, o professor deixou a Dise sem falar com a imprensa, mas seu advogado atendeu aos repórteres e declarou que seu cliente não teve intenção de provocar a polêmica envolvendo a escola, os pais e alunos. "Quero que você compreenda, porque ele (Lívio) está profundamente abalado, à base de medicamentos", justificou.
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