Catástrofe climática não afeta exportações de Santos para o Japão
Samuel Rodrigues
O comércio marítimo entre Brasil e Japão não foi afetado pelo terremoto de 9 graus na escala Richter, seguido de tsunami, que atingiu o país asiático no último dia 11. Duas semanas depois do ocorrido, não houve, até o momento, cancelamento de escalas dos navios que operam entre as duas nações, o que reduz sensivelmente o risco de este tipo de problema existir no futuro.
Neste cenário, o termômetro mais preciso é o movimento nos portos. Em Santos, que possui a maior variedade de rotas marítimas no Brasil, as operações de três armadoras japonesas seguem normais.
O Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado de São Paulo (Sindamar) informou que, até o momento, não recebeu relatos de associados a respeito de dificuldades no comércio como Japão.
A preocupação é normal, em se tratando de um dos mais importantes parceiros comerciais do Brasil. O Japão importou, somente em janeiro e fevereiro deste ano, US$ 1,2 bilhão em mercadorias brasileiras, ou 4,1% de tudo que o País mandou ao exterior. É o quinto maior cliente das empresas instaladas em solo nacional.
A K-Line,uma das três companhias japonesas de navegação com escalas em Santos, não registrou qualquer anormalidade motivada pelos dois desastres deste mês. As agências marítimas que representam a MOL e a NYK foram contatadas por A Tribuna, mas não se posicionaram até o fechamento desta edição.
Segundo o gerente comercial da K-Line, Ricardo Carui, não há rotas comerciais entre o Brasil e os portos japoneses afetados, que ficam no lado Nordeste
do arquipélago oriental. “O problema no Japão foi grave, sim, mas não atingiu os portos principais. Tóquio, que é o maior deles, fica a 400 quilômetros de distância”. Os cinco maiores portos do Japão são Tóquio, Yokohama, Nagoya, Kobe e Osaka, todos protegidos em baías e distantes das zonas afetadas. Sendai,
a Nordeste, foi o mais destruído pelos tremores e pela força avassaladora da onda.
Além de Sendai, outros 14 complexos foram destruídos, em variados graus de intensidade, e tiveram as operações totalmente paralisadas. Porém, ontem, o governo japonês anunciou que todos já voltaram a operar. O último foi Oarai, que fica a 70 minutos de carro da capital e foi reaberto ontem ao tráfego internacional.
A K-Line possui 11 navios em operação na linha Costa Leste da América do Sul-Ásia. Não conta, contudo, com rotas diretas entre o Brasil e o Japão. As cargas trocadas entre os dois países têm Cingapura ou Xangai(China)como portos intermediários. A companhia envia, em média, 150 TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) por semana para o Oriente. “As operações são normais, a infraestrutura desses portos está preservada e os navios operam, também, normalmente”, relatou.
O economista Hélio Hallite, professor da Universidade Metropolitana de Santos (Unimes), lembrou que o Japão tem planos de reconstrução para desastres naturais como estes, que são iniciados no minuto seguinte após o fato. “O governo japonês vai investir pesadamente na reconstrução. Isso abre, inclusive, uma perspectiva para empresas brasileiras atuaremnesse processo”.
Minério
Os embarques de minério de ferro brasileiro para o Japão também não sofreram restrições, segundo a Vale. Em nota divulgada na semana passada, a empresa
comunicou que “o impacto nas siderúrgicas japonesas foi limitado, apesar da extensão dos eventos naturais ocorridos, e a maioria delas voltou a operar”.
No ano passado, a Vale embarcou 30,8 milhões detoneladas de minério de ferro para o Japão, o equivalente a 10,5% do total vendido pela empresa. A firma, a segunda maior empresa do Brasil, informou que nove navios destinados ao Japão aguardam carregamento.
Neste cenário, o termômetro mais preciso é o movimento nos portos. Em Santos, que possui a maior variedade de rotas marítimas no Brasil, as operações de três armadoras japonesas seguem normais.
O Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado de São Paulo (Sindamar) informou que, até o momento, não recebeu relatos de associados a respeito de dificuldades no comércio como Japão.
A preocupação é normal, em se tratando de um dos mais importantes parceiros comerciais do Brasil. O Japão importou, somente em janeiro e fevereiro deste ano, US$ 1,2 bilhão em mercadorias brasileiras, ou 4,1% de tudo que o País mandou ao exterior. É o quinto maior cliente das empresas instaladas em solo nacional.
A K-Line,uma das três companhias japonesas de navegação com escalas em Santos, não registrou qualquer anormalidade motivada pelos dois desastres deste mês. As agências marítimas que representam a MOL e a NYK foram contatadas por A Tribuna, mas não se posicionaram até o fechamento desta edição.
Segundo o gerente comercial da K-Line, Ricardo Carui, não há rotas comerciais entre o Brasil e os portos japoneses afetados, que ficam no lado Nordeste
do arquipélago oriental. “O problema no Japão foi grave, sim, mas não atingiu os portos principais. Tóquio, que é o maior deles, fica a 400 quilômetros de distância”. Os cinco maiores portos do Japão são Tóquio, Yokohama, Nagoya, Kobe e Osaka, todos protegidos em baías e distantes das zonas afetadas. Sendai,
a Nordeste, foi o mais destruído pelos tremores e pela força avassaladora da onda.
Além de Sendai, outros 14 complexos foram destruídos, em variados graus de intensidade, e tiveram as operações totalmente paralisadas. Porém, ontem, o governo japonês anunciou que todos já voltaram a operar. O último foi Oarai, que fica a 70 minutos de carro da capital e foi reaberto ontem ao tráfego internacional.
A K-Line possui 11 navios em operação na linha Costa Leste da América do Sul-Ásia. Não conta, contudo, com rotas diretas entre o Brasil e o Japão. As cargas trocadas entre os dois países têm Cingapura ou Xangai(China)como portos intermediários. A companhia envia, em média, 150 TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) por semana para o Oriente. “As operações são normais, a infraestrutura desses portos está preservada e os navios operam, também, normalmente”, relatou.
O economista Hélio Hallite, professor da Universidade Metropolitana de Santos (Unimes), lembrou que o Japão tem planos de reconstrução para desastres naturais como estes, que são iniciados no minuto seguinte após o fato. “O governo japonês vai investir pesadamente na reconstrução. Isso abre, inclusive, uma perspectiva para empresas brasileiras atuaremnesse processo”.
Minério
Os embarques de minério de ferro brasileiro para o Japão também não sofreram restrições, segundo a Vale. Em nota divulgada na semana passada, a empresa
comunicou que “o impacto nas siderúrgicas japonesas foi limitado, apesar da extensão dos eventos naturais ocorridos, e a maioria delas voltou a operar”.
No ano passado, a Vale embarcou 30,8 milhões detoneladas de minério de ferro para o Japão, o equivalente a 10,5% do total vendido pela empresa. A firma, a segunda maior empresa do Brasil, informou que nove navios destinados ao Japão aguardam carregamento.
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