Salão do Turismo
G1
Do ano passado para cá, a assistente social Elza Cordeiro Eng, 53 anos, realizou o sonho de conhecer Santiago, no Chile, e Nova York, nos EUA. Nesta quarta-feira, ela saiu de casa decidida a comprar mais uma viagem. Levou as irmãs Laura e Isabel e o cunhado João para procurar uma opção barata e repetir outro passeio que o grupo já fez em 2010: visitar as praias de Fortaleza no fim do ano.
“Hoje tem muita facilidade para viajar: milhas, parcelamento, dólar baixo”, conta Elza, que diz que retomou o hábito das viagens de quatro anos para cá. “Fiquei muitos anos sem viajar”, afirma Elza, que prefere não se comprometer com parcelamentos longos. “Acho que o ideal é pagar antes mesmo de viajar. Gosto de parcelar no máximo em três vezes”, recomenda.
Além dos planos de verão no nordeste no fim do ano, o segundo semestre de Elza terá mais um destino internacional. Ela já comprou passagens para voltar a Nova York com o marido, engenheiro, no final de setembro. “É lindo, adorei a cidade, o povo educado, e é ótimo para fazer compras”.
Na primeira viagem, em abril, trouxe uma mala só de eletrônicos e presentes, que foi roubada no dia seguinte do retorno a sua casa em São Paulo. “Entraram na minha casa no Jabaquara e levaram tudo, encomenda, presente”, lamenta a assistente social, que agora mora em um apartamento e já faz planos de novas compras.
Evento
O clã Cordeiro passou a tarde comparando preços de pacotes e promoções ofertados durante o 6º Salão do Turismo, que começou nesta quarta e acontece até o próximo domingo, em São Paulo.
Iniciativa do Ministério do Turismo, o evento abre oportunidade para que as empresas do setor disputem passageiros e fechem vendas já no local: no ano passado, foram 100 mil visitantes, marca que a organização espera superar nesta edição. A estimativa do Ministério, com base em números do Instituto Data Popular, é de que só as classes C e D movimentem R$ 11 milhões no turismo do Brasil em 2011.
A autônoma Silvana Alves, 47 anos, foi com o sobrinho Gustavo para pesquisar um destino para visitar com ele e a irmã. Quando conversaram com a reportagem, eles aguardavam na fila de uma companhia aérea para concorrer a um pacote de viagem.“Eu quero ir para um lugar que tenha cavalos”, conta o menino ao ser indagado sobre seu destino preferido. Para Silvana, as condições de pagamento são fundamentais na hora de tomar a decisão de roteiro.
“Fiz há um tempo uma viagem de 15 dias para Natal e Fortaleza, e paguei em dez vezes no carnê”, diz ela, que procura conhecer novos destinos sempre que possível. “Estou sempre viajando. Quando dá, levo a família”.
Para as amigas e enfermeiras recém-formadas Lecia Bueno e Caroline Salles, 23 e 22 anos, a principal vantagem de procurar viagens no Salão é poder comparar preços em um ambiente de concorrência direta entre os estandes das agências de turismo e companhias aéreas. “ Você pode negociar, dizer que viu mais barato na outra, pode sair de uma e ir para a outra logo ali do lado. A concorrência é maior e faz com que as agências diminuam o preço delas”, diz Lecia.
A viagem para o Nordeste será presente de formatura dado pelas mães das jovens, mas o esforço em pesquisar e barganhar é grande. “A gente começou a procurar agora e já achamos o preço bem legal. Vamos levar as propostas e ver se as mães aprovam”, conta Carolline, que sonha ainda em conhecer a Argentina num futuro próximo. Lecia quer ir para os Estados Unidos no começo de 2012. “Se tudo der certo, vou para Miami no ano que vem”, diz.
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