Santos
O maior passivo ambiental do Estado
está próximo do fim
O Porto de Santos eliminará,
no final deste ano, uma marca tão histórica
quanto negativa. Está prevista para
31 de dezembro a conclusão do
processo de recuperação
ambiental do terreno do antigo depósito
de resíduos portuários, o Lixão da Alemoa.
Aos poucos, a área vai se
transformando em um
novo terminal portuário para contêineres e etanol,
a ser administrado pela Brasil Terminal Portuário (BTP),
firma nacional controlada por duas multinacionais estrangeiras,
meio a meio. A retirada de 680 mil metros cúbicos de
lixo de variados tipos, ou 20 mil caminhões cheios,
elimina o maior passivo ambiental do Estado e um dos maiores do País.
O investimento, integralmente bancado pelo capital privado,
é maior do que o previsto no início da obra. Ficará entre
R$ 250 milhões e R$ 260 milhões somente para o
processo chamado de remediação, que incluiu tanto a
remoção como o tratamento dos detritos que
ali foram despejados por pelo menos 50 anos.
O aumento, de R$ 15 milhões a R$ 25 milhões,
foi necessário devido ao uso de diferentes técnicas
de limpeza do solo, não previstas no início da obra.
Apesar do contratempo milionário, o trabalho termina
dentro do prazo de 26 meses, como esperado.
Houve pelo menos três tentativas de se limpar o terreno.
O grupo que atualmente administra o Terminal de Granéis de Guarujá
(TGG) esteve à frente de uma delas. Diante da complexidade
da iniciativa, a empresa desistiu e se instalou na
Margem Esquerda do Porto. Não é para menos.
Comentase que todos os elementos químicos da
tabela periódica estavam ali presentes, devido ao
depósito irresponsável de detritos na área, em um
passado não muito distante. Todo o lixo está sendo levado para umaterro autorizado
pela Companhia Ambiental de São Paulo (Cetesb) em
Caieiras, no Interior do Estado.
Ganhando forma Muito próximo das montanhas de terra misturada com lixo,
removida para a limpeza total do terreno ali mesmo,
o novo terminal vai ganhando forma. A área de atracação
de navios é uma das mais adiantadas: 40% das 2.400
estacas já foram cravadas. Até o momento, na construção, foram investidos
US$ 500 milhões (R$ 867,5 milhões, pela cotação de ontem),
do total de US$ 1 bilhão (R$ 1,73 bilhão) previsto para o
empreendimento, segundo o valor atualizado. A previsão
é que, até janeiro do ano que vem, estejam prontos 480 metros de cais
(de um total de 1.108 metros). Ainda no primeiro trimestre de 2012,
também serão entregues 180 mil metros quadrados de
retroárea (pouco mais de 50% do projetado).
“Estamos correndo contra o tempo, porque em março
vão chegar os equipamentos”, declarou o diretor-presidente da BTP,
Henry James Robinson. São oito portêineres super pós Panamax –
com capacidade para mover simultaneamente até dois
contêineres de 20 pés–, 26 gruas sobre pneus
(RTGs, na sigla em inglês) e duas reach-stackers
(que ficarão à disposição da Alfândega para a conferência
física dos cofres de carga). Os portêineres vêm com um
simulador próprio, para capacitação da mão de obra que irá
operar o equipamento real. “Não é umsimulador geral.
Será como se o trabalhador estivesse dentro da cabine
daquele PT, com as características dele”, explicou o executivo.
Outros quatro a cinco portêineres chegarão em uma
segunda etapa da compra, segundo Robinson.
Estes terão capacidade ainda maior: poderão mover,
ao mesmo tempo, até quatro contêineres de 20 pés,
ou dois de 40 pés. Todo o maquinário está sendo
produzido pela firma chinesa Zhenhua Port Machinery
Company (ZPMC). Somente em portêineres, serão
gastos US$ 114,6 milhões(R$198milhões).
no final deste ano, uma marca tão histórica
quanto negativa. Está prevista para
31 de dezembro a conclusão do
processo de recuperação
ambiental do terreno do antigo depósito
de resíduos portuários, o Lixão da Alemoa.
Aos poucos, a área vai se
transformando em um
novo terminal portuário para contêineres e etanol,
a ser administrado pela Brasil Terminal Portuário (BTP),
firma nacional controlada por duas multinacionais estrangeiras,
meio a meio. A retirada de 680 mil metros cúbicos de
lixo de variados tipos, ou 20 mil caminhões cheios,
elimina o maior passivo ambiental do Estado e um dos maiores do País.
O investimento, integralmente bancado pelo capital privado,
é maior do que o previsto no início da obra. Ficará entre
R$ 250 milhões e R$ 260 milhões somente para o
processo chamado de remediação, que incluiu tanto a
remoção como o tratamento dos detritos que
ali foram despejados por pelo menos 50 anos.
O aumento, de R$ 15 milhões a R$ 25 milhões,
foi necessário devido ao uso de diferentes técnicas
de limpeza do solo, não previstas no início da obra.
Apesar do contratempo milionário, o trabalho termina
dentro do prazo de 26 meses, como esperado.
Houve pelo menos três tentativas de se limpar o terreno.
O grupo que atualmente administra o Terminal de Granéis de Guarujá
(TGG) esteve à frente de uma delas. Diante da complexidade
da iniciativa, a empresa desistiu e se instalou na
Margem Esquerda do Porto. Não é para menos.
Comentase que todos os elementos químicos da
tabela periódica estavam ali presentes, devido ao
depósito irresponsável de detritos na área, em um
passado não muito distante. Todo o lixo está sendo levado para umaterro autorizado
pela Companhia Ambiental de São Paulo (Cetesb) em
Caieiras, no Interior do Estado.
Ganhando forma Muito próximo das montanhas de terra misturada com lixo,
removida para a limpeza total do terreno ali mesmo,
o novo terminal vai ganhando forma. A área de atracação
de navios é uma das mais adiantadas: 40% das 2.400
estacas já foram cravadas. Até o momento, na construção, foram investidos
US$ 500 milhões (R$ 867,5 milhões, pela cotação de ontem),
do total de US$ 1 bilhão (R$ 1,73 bilhão) previsto para o
empreendimento, segundo o valor atualizado. A previsão
é que, até janeiro do ano que vem, estejam prontos 480 metros de cais
(de um total de 1.108 metros). Ainda no primeiro trimestre de 2012,
também serão entregues 180 mil metros quadrados de
retroárea (pouco mais de 50% do projetado).
“Estamos correndo contra o tempo, porque em março
vão chegar os equipamentos”, declarou o diretor-presidente da BTP,
Henry James Robinson. São oito portêineres super pós Panamax –
com capacidade para mover simultaneamente até dois
contêineres de 20 pés–, 26 gruas sobre pneus
(RTGs, na sigla em inglês) e duas reach-stackers
(que ficarão à disposição da Alfândega para a conferência
física dos cofres de carga). Os portêineres vêm com um
simulador próprio, para capacitação da mão de obra que irá
operar o equipamento real. “Não é umsimulador geral.
Será como se o trabalhador estivesse dentro da cabine
daquele PT, com as características dele”, explicou o executivo.
Outros quatro a cinco portêineres chegarão em uma
segunda etapa da compra, segundo Robinson.
Estes terão capacidade ainda maior: poderão mover,
ao mesmo tempo, até quatro contêineres de 20 pés,
ou dois de 40 pés. Todo o maquinário está sendo
produzido pela firma chinesa Zhenhua Port Machinery
Company (ZPMC). Somente em portêineres, serão
gastos US$ 114,6 milhões(R$198milhões).
O terminal da BTP terá capacidade anual para operar 1,1 milhão de
TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) e 1,2 milhão de litros
de granéis líquidos. Serão construídos quatro berços, sendo um exclusivo para líquidos.
A previsão é que a construção gere 3 mil postos de trabalhos,
entre diretos e indiretos. Já a operação portuária, prevista para
iniciar em 2012, deve proporcionar 1,5 mil novos empregos diretos e 9 mil indiretos.
TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) e 1,2 milhão de litros
de granéis líquidos. Serão construídos quatro berços, sendo um exclusivo para líquidos.
A previsão é que a construção gere 3 mil postos de trabalhos,
entre diretos e indiretos. Já a operação portuária, prevista para
iniciar em 2012, deve proporcionar 1,5 mil novos empregos diretos e 9 mil indiretos.
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