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quarta-feira, 9 de janeiro de 2013
Choque de trens
Remoção de carga tombada em ferrovia deve durar 10 dias
Fernanda Balbino
Serão necessários pelo menos dez dias para a remoção da carga das locomotivas que se chocaram na última segunda-feira, na linha ferroviária da ALL Logística que liga o Planalto ao Porto de Santos. A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) estima que 500 litros de óleo diesel e 100 litros de óleo lubrificante vazaram com a colisão. A linha férrea foi liberada ao tráfego na tarde desta terça-feira.
O acidente aconteceu em uma região da Serra do Mar nos limites de São Vicente. De acordo com a operadora da linha férrea, a ALL Logística, um de seus trens, carregado com açúcar e milho, seguia em direção ao complexo santista quando colidiu com a cauda de uma composição ferroviária da MRS Logística, que aguardava para entrar no pátio ferroviário localizado no km 100 da ferrovia.
O choque das composições causou um incêndio e o descarrilhamento de 18 vagões e duas locomotivas. Cerca de 900 toneladas de açúcar e 180 toneladas de milho se espalharam no local.
De acordo com a Cetesb, existe risco ambiental, uma vez que a carga pode atingir o Rio Branco. Ações para conter o avanço das mercadorias já foram iniciadas, mas parte do óleo lubrificante, ainda não estimada, já atingiu um córrego.
Como medida de reme-diação, como é chamado o processo de recuperação ambiental, a ALL seguiu as recomendações da Cetesb e instalou barreiras de contenção ao longo do córrego. O difícil acesso ao local do acidente, que aconteceu em meio à mata da Serra do Mar, prejudicou a chegada das equipes da ALL aos vagões para a retirada dos destroços.
Tráfego
A interrupção da linha férrea da ALL, após a colisão das duas locomotivas, não impediu o acesso de cargas ao Porto de Santos. Isto porque ainda existem outras linhas para a chegada de mercadorias ao cais santista.
Uma ferrovia operada pela MRS Logística é responsável pelo fluxo de cargas em direção à Margem Esquerda (Guarujá). Outra opção, administrada da mesma concessionária, é o acesso por Cubatão das cargas que descem a Serra através do sistema cremalheira.
Consultada, a ALL informou que ainda não avaliou os impactos da interdição temporária da linha férrea. Já a Autoridade Portuária comunicou que o complexo santista não sofreu um desabastecimento por conta da interrupção.
Com a liberação da linha, além da retomada da circulação dos trens com origem e destino ao complexo santista, iniciaram-se os trabalhos de remoção da carga e dos vagões que estavam no local. De acordo com a Cetesb, a segunda locomotiva deverá permanecer na região do acidente até o transbordo do óleo lubrificante e diesel remanescentes em seus tanques.
Os trabalhos de remoção da carga e dos vagões estão sendo conduzidos por técnicos e engenheiros ambientais da ALL, acompanhados pela Cetesb. As causas do acidente serão apuradas em sindicância aberta pela concessionária.
As investigações levarão em conta, entre outros aspectos, as informações contidas no computador de bordo da locomotiva. Ainda não há data prevista para o fim dos trabalhos.
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