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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Temer quer mudar modelo de eleição para deputado

Brasília. O vice-presidente da República, Michel Temer, tenta convencer seu partido, o PMDB, a patrocinar uma reforma política idealizada por ele mesmo. E, embora não tenha apoio unânime em sua própria sigla, o peemedebista já busca outras legendas e entidades sociais para bancar a proposta.

Temer defende que a eleição de deputados e vereadores obedeça o mesmo sistema que define a escolha dos ocupantes de cargos majoritários. Ele também prega a abertura de uma janela na regra da fidelidade partidária, que viabilizaria a troca de partido, sem punição, seis meses antes das eleições.

Pela teoria do vice-presidente, se São Paulo tem direito a 70 cadeiras na Câmara dos Deputados, por exemplo, seriam eleitos os 70 candidatos mais bem votados pelo Estado. A tese acabaria com o cálculo do chamado quociente eleitoral, que faz com que campeões de votos em legendas ou coligações "puxem" para o Parlamento candidatos com votações menos expressivas.

Se comprada pelo PMDB, a tese colocará a sigla em confronto direto com o PT, que defende o voto em lista.

No modelo defendido pelos petistas, o eleitor votaria no partido e este indicaria, previamente, os candidatos e sua ordem para a ocupação dos cargos.

"O voto em lista foi tentado várias vezes e não prosperou. Acho que há uma dificuldade extrema para aprová-lo. Minha proposta se harmoniza com o texto constitucional", afirmou Temer ontem, após apresentar a proposta para a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo.

Questionado se havia informado Dilma Rousseff de seu projeto, Temer disse que sim e que ela achou útil colocar a discussão da reforma política "nesta legislatura".

Fonte: O Tempo

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