Agência Estado
Nem embaixo da terra o paulistano está livre dos efeitos da chuva. Pelo menos nove estações da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) estão com goteiras.
Engenheiros afirmam que as infiltrações podem provocar danos à estrutura dos prédios se persistirem por muito tempo. Para os passageiros, o maior receio é escorregar no piso molhado.
O vazamento forma poças de água em plataformas de embarque, corredores de acesso a escadas e áreas próximas das catracas. E em todos esses locais são espalhados os cavaletes amarelos com o aviso “Cuidado. Piso molhado”.
Os problemas foram identificados pela reportagem ontem, após uma visita a 15 estações de metrô - em quatro delas há interligação com a CPTM. As duas empresas afirmam que vão fazer os consertos necessários nas estações.
Em geral, goteiras pequenas como as encontradas no Metrô não oferecem risco à estrutura desde que o conserto seja feito logo. “Não é um risco iminente”, avalia o professor de Engenharia da Universidade Mackenzie João Virgílio Merighi, especialista em projetos de transportes. “Mas, se o vazamento persistir por muito tempo, pode provocar danos na armadura de aço, que dá sustentação ao concreto. A água faz pressão para sair e acaba corroendo o aço.”
O secretário de Comunicação do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Ciro Moraes dos Santos, diz que está preocupado com a possibilidade de acidentes que envolvam trabalhadores ou passageiros. “Já ficamos sabendo de pessoas que se machucaram ao escorregar, mas não temos acesso a esses dados.”
O Metrô informou, em comunicado, que “as chamadas goteiras e infiltrações são problemas comuns às estruturas civis, principalmente nas enterradas”. A companhia afirma que a solução muitas vezes requer mais de uma intervenção na área com infiltrações. O Metrô diz ainda que “atua permanentemente na contenção e na solução desses problemas”. As informações são do Jornal da Tarde.
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