Após novo dia de ataques, tropas da Líbia voltam a anunciar cessar-fogo
G1
As Forças Armadas da Líbia deram uma ordem a todas as suas unidade que observem um cessar-fogo imediato a partir das 21h locais (16h de Brasília), disse neste domingo um porta-voz militar líbio.
O anúncio ocorre cerca de 24 horas depois de forças ocidentais, autorizadas pela ONU, terem começado a bombardear o país para tentar conter as forças leais ao ditador Muammar Kadhafi -que, mais cedo neste domingo, disse na TV estatal que não iria recuar.
Ele foi feito, segundo o porta-voz militar, em resposta ao apelo da União Africana "pelo fim imediato das hostilidades".
"Em atenção ao comunicado publicado pelo comitê da União Africana no sábado, em Nouakchott, e às resoluções 1970 e 1973 das Nacões Unidas, o comandante das forças armadas ordenou um cessar-fogo a partir deste domingo, às 21h" local (16h de Brasília), informou o porta-voz Milad Fokehi.
Na sexta-feira, o governo líbio já havia dito que estava obedecendo à trégua imposta na quinta-feira pelo Conselho de Segurança da ONU.
Mas vários relatos desmentiram a versão líbia, dando conta que as forças pró-Kadhafi continuavam atacando os rebeldes que tentam derrubar o governo -o que levou a coalizão ocidental a começar os ataques no sábado.
Informado sobre o anúncio, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que está no Cairo, disse que espera que a Líbia cumpra a promessa.
Mas testemunhas afirmaram que continuavam ouvindo barulho de baterias antiaéreas, mesmo após o prazo. Uma forte explosão também foi ouvida. Segundo a France Presse, havia fumaça no setor onde fica a casa-fortaleza de Kadhafi.
Bombardeios no domingo
Os bombardeios das forças aliadas prosseguiram ao longo deste domingo.
Ao menos 19 aviões americanos, entre eles três bombardeiros furtivos B2 ("stealth bombers"), atacaram alvos ao amanhecer, disse à France Presse Kenneth Fidler, um porta-voz do Comando dos Estados Unidos na África em Stuttgart, Alemanha.
As operações aéreas francesas também continuaram, segundo uma fonte militar.
Dezenas de veículos militares do líder líbio, entre eles tanques, foram destruídos por bombardeios aéreos no oeste de Benghazi.
Vinte alvos
Os primeiros bombardeios aliados, no sábado à noite, atingiram 20 de 22 alvos, informou o Comando dos Estados Unidos na África. Os outros dois alvos estavam sendo analisados.
Foram atacados "sistemas-chave da defesa antiaérea e mísseis SAM perto de Trípoli (capital), Misrata e Sirte".
O almirante Michael Mullen disse que a primeira fase dos bombardeios teve "êxito" e permitiu "instaurar uma zona de exclusão aérea", conforme pedido pela resolução da ONU.
Eles também interromperam os avanços de Kadhafi em Benghazi, cidade do país que serve de sede dos rebeldes, e removeram as defesas anti-aéreas do governo.
Mullen também disse que aviões do Qatar estão se movendo em posição para posições próximas á Líbia para participar da operação militar ocidental.
O militar também negou que a operação tenha necessariamente o fim de derrubar Kadhafi. O objetivo imediato, segundo ele, é proteger os civis com uma zona de exclusão aérea.
Ele afirmou que não há prazo para terminar a operação.
Vítimas civis
O governo líbio afirma que pelo menos 42 civis morreram alvos dos bombardeiros aliados.
O ministro britânico das Finanças, George Osbone, afirmou que "foram tomadas todas as precauções" para evitar vítimas civis durante os bombardeios.
O Ministério da Defesa da França também disse que a resolução da ONU estava sendo cumprida e que o objetivo seguia sendo proteger civis.
O secretário-geral da Liga Árabe, o egípcio Amr Mussa, criticou os bombardeios da coalizão internacional contra a Líbia, considerando que se afastam do "objetivo de impor uma zona de exclusão aérea".
A resolução da ONU exige fim dos ataques contra civis, impõe uma zona de exclusão aérea na Líbia, e permite ataques para que as tropas pró-Kadhafi cessem sua repressão aos protestos antigoverno, que deixou centenas de mortos e levou em torno de 300 mil pessoas a fugir do país desde 15 de fevereiro.
Kadhafi
Na segunda mensagem de áudio desde o início do ataque, Kadhafi voltou a falar que não vai se entregar.
"Nós somos os vitoriosos, vocês, os vencidos. Jamais abandonaremos o campo de batalha, pois defendemos nossa terra e nossa dignidade", disse Kadhafi neste domingo.
Ele previu também uma "longa guerra", e assegurou que "todo o povo está armado" e "vencerá".
O anúncio ocorre cerca de 24 horas depois de forças ocidentais, autorizadas pela ONU, terem começado a bombardear o país para tentar conter as forças leais ao ditador Muammar Kadhafi -que, mais cedo neste domingo, disse na TV estatal que não iria recuar.
Ele foi feito, segundo o porta-voz militar, em resposta ao apelo da União Africana "pelo fim imediato das hostilidades".
"Em atenção ao comunicado publicado pelo comitê da União Africana no sábado, em Nouakchott, e às resoluções 1970 e 1973 das Nacões Unidas, o comandante das forças armadas ordenou um cessar-fogo a partir deste domingo, às 21h" local (16h de Brasília), informou o porta-voz Milad Fokehi.
Na sexta-feira, o governo líbio já havia dito que estava obedecendo à trégua imposta na quinta-feira pelo Conselho de Segurança da ONU.
Mas vários relatos desmentiram a versão líbia, dando conta que as forças pró-Kadhafi continuavam atacando os rebeldes que tentam derrubar o governo -o que levou a coalizão ocidental a começar os ataques no sábado.
Informado sobre o anúncio, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que está no Cairo, disse que espera que a Líbia cumpra a promessa.
Mas testemunhas afirmaram que continuavam ouvindo barulho de baterias antiaéreas, mesmo após o prazo. Uma forte explosão também foi ouvida. Segundo a France Presse, havia fumaça no setor onde fica a casa-fortaleza de Kadhafi.
Bombardeios no domingo
Os bombardeios das forças aliadas prosseguiram ao longo deste domingo.
Ao menos 19 aviões americanos, entre eles três bombardeiros furtivos B2 ("stealth bombers"), atacaram alvos ao amanhecer, disse à France Presse Kenneth Fidler, um porta-voz do Comando dos Estados Unidos na África em Stuttgart, Alemanha.
As operações aéreas francesas também continuaram, segundo uma fonte militar.
Dezenas de veículos militares do líder líbio, entre eles tanques, foram destruídos por bombardeios aéreos no oeste de Benghazi.
Vinte alvos
Os primeiros bombardeios aliados, no sábado à noite, atingiram 20 de 22 alvos, informou o Comando dos Estados Unidos na África. Os outros dois alvos estavam sendo analisados.
Foram atacados "sistemas-chave da defesa antiaérea e mísseis SAM perto de Trípoli (capital), Misrata e Sirte".
O almirante Michael Mullen disse que a primeira fase dos bombardeios teve "êxito" e permitiu "instaurar uma zona de exclusão aérea", conforme pedido pela resolução da ONU.
Eles também interromperam os avanços de Kadhafi em Benghazi, cidade do país que serve de sede dos rebeldes, e removeram as defesas anti-aéreas do governo.
Mullen também disse que aviões do Qatar estão se movendo em posição para posições próximas á Líbia para participar da operação militar ocidental.
O militar também negou que a operação tenha necessariamente o fim de derrubar Kadhafi. O objetivo imediato, segundo ele, é proteger os civis com uma zona de exclusão aérea.
Ele afirmou que não há prazo para terminar a operação.
Vítimas civis
O governo líbio afirma que pelo menos 42 civis morreram alvos dos bombardeiros aliados.
O ministro britânico das Finanças, George Osbone, afirmou que "foram tomadas todas as precauções" para evitar vítimas civis durante os bombardeios.
O Ministério da Defesa da França também disse que a resolução da ONU estava sendo cumprida e que o objetivo seguia sendo proteger civis.
O secretário-geral da Liga Árabe, o egípcio Amr Mussa, criticou os bombardeios da coalizão internacional contra a Líbia, considerando que se afastam do "objetivo de impor uma zona de exclusão aérea".
A resolução da ONU exige fim dos ataques contra civis, impõe uma zona de exclusão aérea na Líbia, e permite ataques para que as tropas pró-Kadhafi cessem sua repressão aos protestos antigoverno, que deixou centenas de mortos e levou em torno de 300 mil pessoas a fugir do país desde 15 de fevereiro.
Kadhafi
Na segunda mensagem de áudio desde o início do ataque, Kadhafi voltou a falar que não vai se entregar.
"Nós somos os vitoriosos, vocês, os vencidos. Jamais abandonaremos o campo de batalha, pois defendemos nossa terra e nossa dignidade", disse Kadhafi neste domingo.
Ele previu também uma "longa guerra", e assegurou que "todo o povo está armado" e "vencerá".
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